Brasil na Expo Dubai – Lançamento dia 30 de setembro 2021
A partir desta sexta-feira (1º), até o dia 31 de março, o público poderá conhecer a Expo Dubai 2020, adiada para setembro de 2021 devido à pandemia. Sob o tema “conectando as mentes e criando um futuro” e com delegações de quase 200 países, a maior feira internacional do mundo apresenta inovações em oportunidade, tecnologia, mobilidade e sustentabilidade.
A expectativa é de que 25 milhões de pessoas — mais do que o dobro da população dos Emirados Árabes Unidos, que sedia a feira — visitem os pavilhões durante o funcionamento da edição.
Atrasada em um ano devido à pandemia da Covid-19, a Expo exigirá, este ano, comprovante de vacinação ou teste negativo para Covid-19 realizado nas últimas 72 horas.
O pavilhão brasileiro será um grande cubo branco, que trará imagens refletidas do país. A finalidade da estrutura montada é gerar negócios e contatos, além de melhorar a imagem da nação no Oriente Médio.
Como um Piscinão de Ramos no meio da aridez da Expo 2020, o lago brasileiro em Dubai é democrático. Aceita de crianças - que pulam, correm e até mergulham - a adultos com as sisudas vestimentas árabes.
Segundo o diretor do pavilhão do Brasil, Raphael Nascimento, o espaço foi pensado para ser um local de reflexão, tranquilidade e brincadeira.
“Espero que as crianças, principalmente, entrem no espelho d’água e se divirtam curtindo os sons do Brasil. À noite, o pavilhão se converte numa enorme tela de projeção. Cento e vinte e cinco projetores de alta definição vão converter o pavilhão em uma viagem pelo Brasil. Vamos convidar os visitantes para percorrerem nossos patrimônios históricos, nossas indústrias, nosso agro e tudo que o Brasil tem a oferecer pro mundo”.
Projeto Arquitetônico parta o Pavilhão do Brasil na Expo Dubai
O arquiteto José Paulo Gouvêa é o vencedor do concurso para escolha do projeto do pavilhão do Brasil na Expo Dubai 2020. A Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) divulgou hoje, 12/11/2018, o resultado do concurso organizado pelo Instituto dos Arquitetos do Brasil, seção Distrito Federal (IAB-DF).
Com 4 mil metros quadrados, o pavilhão terá a água como elemento principal. Uma fina lamina d’água, representando os rios brasileiros e por onde os visitantes poderão caminhar, vai ocupar a maior parte do espaço, proporcionando uma experiência que será completada por projeções, sons e aromas.
Inspirado no Rio Negro e na natureza da região norte do Brasil, o edifício terá um pavimento que reproduz as casas em palafitas comuns às regiões ribeirinhas.
Sob a organização da Apex-Brasil, o prédio terá espaço para palestras e exposição, assim como café, restaurante e loja de souvenires. Durante o dia, será um espaço de sombra e descanso, e à noite, poderá ser visto como um cubo luminoso flutuante.
O concurso
O concurso teve a participação de 42 escritórios de arquitetura, cujas propostas foram analisadas por uma comissão julgadora coordenada pelo IAB-DF.
A comissão foi formada por três jurados brasileiros: os arquitetos Fernando Viegas (SP) e Thiago Andrade (DF), e a artista plástica Maria Luiza Fragoso (RJ); e por dois arquitetos estrangeiros: Inês Lobo (Portugal) e Fernando Diez (Argentina). Dentre os finalistas, o arquiteto Andre Scarpa (SP) recebeu menção honrosa, Anna Carolina Manfroi Galinatti (RS) ficou em terceiro lugar e Fabiano José Arcadio Sobreira em segundo lugar.
Os projetos inscritos no concurso foram elaborados de acordo com as temáticas e os guias técnicos estabelecidos pela organização da Expo 2020, com as normativas legais de construção na cidade de Dubai, e em parceira com profissionais locais.
A seleção teve como diretriz a inovação tecnológica com concepção sustentável, evidenciada no processo de construção e desmontagem da estrutura.
O arquiteto José Paulo Gouvêa é doutor pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP e, desde 2005, dirige o escritório JPG.ARQ, sediado em São Paulo. Foi primeiro colocado no Concurso Renova-SP da Sehab, São Paulo, 2011 e vencedor do Concurso Nacional para Projeto da nova unidade do SESC em Limeira, São Paulo, 2017.
É autor do livro "Itinerarios de Arquitectura IT06: Paulo Mendes da Rocha" Fundación de Arquitectura Contemporânea, Cordoba, Espanha, 2012, e diretor do documentário “PMR 29: 29 minutos com Paulo Mendes da Rocha”, São Paulo, 2011, em parceria com outros colegas. Colaborou com Heberle und Meyer – Raumlabor-Berlin, Una Arquitetos, MMBB, Piratininga e Paulo Mendes da Rocha.
Tradição do século XIX
A tradição de juntar os países num só lugar teve início no século XIX. A primeira grande exposição foi em 1851, em Londres. Era exibida a última palavra em maquinário, num mundo ainda sob impacto da Revolução Industrial. Com o passar dos anos, a tecnologia sempre esteve por trás da Expo.
Em 1876, na Filadélfia, Estados Unidos, o telefone era apresentado ao mundo e, também, a um ilustre visitante: Dom Pedro II.
A Torre Eiffel nasceu para uma expo, a de 1889, em Paris. Já a edição de 1922 foi no Brasil. Na ocasião, o Rio de Janeiro recebia os visitantes em pavilhões construídos à beira-mar, no bairro da Urca.